Martin Schulman em seu livro “O Carma do Agora” descreve as vibrações do Ano de Vênus de maneira magistral. Gostaria de compartilhar com vocês alguns trechos para que possamos vivenciar 2021 com mais leveza e consciência.
Sendo o planeta do amor e harmonia, Vênus trabalha melhor para o indivíduo que é capaz de ver beleza em todas as coisas. Quando somos capazes disso, não há necessidade de deixar o Ser demorar-se em grandes amores do passado ou belos momentos que há muito já passaram. Porque, em essência, a total abundância de beleza está no “Agora”. Vênus é o planeta da satisfação e da gratidão. Em sua simplicidade ilimitada, ele rege o equilíbrio da natureza. No decorrer de um único dia é quase impossível não passar por uma árvore, um caminho de grama, uma planta, uma pintura, ou ouvir música ou um poema, ou ver um sorriso. Existe beleza em toda parte, bastando apenas abrirmos os olhos e nossos sentidos para ela. Existe beleza em máquinas, calçadas, automóveis etc. Há um caleidoscópio vivo de cores surgindo a cada momento. Nossos sentidos, nossos corpos e nossas mentes não podem deixar de absorvê-lo constantemente.
Ao mesmo tempo existe grande beleza, harmonia e amor dentro de cada um de nós, basta apenas permitirmos que eles venham à tona. A suave, gentil vibração de Vênus faz parte da experiência do “Agora”.
Faça aquilo que gosta, não faça o que não gosta. Desse modo você fica em harmonia consigo mesmo.
a Oração de Desiderata existe uma linha que diz: “Nunca finja afeição.” Existe uma poderosa razão para isso. Todos nós, de uma maneira ou outra, já fomos magoados no passado. Dizem que o tempo cura todas as feridas; isso está muito longe de ser verdade, pois o mundo está cheio de milhões de pessoas que foram magoadas há muitos e muitos anos e, quer elas gostem de mostrá-lo ou não, ainda estão feridas! A verdadeira cura de todas as feridas é o amor no “Agora”, onde não existe tempo. Quando amamos, as mágoas do passado desaparecem milagrosamente. Mas precisa ser amor no “Agora”, pois no momento em que um indivíduo tenta proteger a segurança futura do amor que está sentindo, ele está automática e inconscientemente relacionando-a às suas inseguranças passadas. O amor é “Agora”. O amor é aqui. Aceite-o!
Quando Jesus veio à Terra e disse: “O Reino dos Céus está perto do alcance”, ele escolheu suas palavras muito habilmente. Num nível ele quis dizer que o Reino estava lá então e para aqueles que o tocassem, o Reino instantaneamente se tornaria seu “Agora”. Mas ele não quis ameaçar os que temiam e duvidavam e os cínicos que destruiriam tudo que era bom. Assim, ao usar a palavra “perto”, em vez de “aqui”, ele permitiu que aqueles que podiam saber, soubessem, e os que não podiam saber, continuassem pensando “Quão perto é perto? Quando, onde etc”, até que suficientes pensamentos e sentimentos acumulados os levassem para longe de Jesus, permitindo-lhe fazer seu trabalho no “Agora”. Precisamente hoje existe um Deus vivo em todas as coisas. Mas apenas os que amam sabem disso. Você já reparou que quando as pessoas estão apaixonadas seus cabelos brilham, seus olhos cintilam, suas faces são coradas e seus corpos são sadios, com força e vitalidade? Mas amor não é somente o amor de outra pessoa. É o amor da vida em todas as suas formas. É a habilidade de se ver beleza e significado em todas as coisas.
A maioria de nós procura amor fora do “Agora”, e, contudo, nunca podemos vê-lo quando o temos. Pensamos que talvez experimentemos amor no futuro, mas não sabemos como ficar em contato com ele em todos os momentos. Se você tem um jogo de copos com desenhos, pegue um agora mesmo e olhe para ele. Algum artista que você nunca encontrou fez esse desenho e deu-o a você. Todo seu significado, cores e sentimento são seus “Agora” mesmo. Quantas vezes, durante um dia, você realmente escutou o chamado dos pássaros? O travesseiro no qual dorme todas as noites, que amacia todos os seus pensamentos e o acalma — é apenas um travesseiro ou é algo muito especial para você? Se você fuma um cigarro ou toma um drinque, está fazendo isso por hábito, por nervosismo ou porque “Agora” é verdadeiramente o que você gosta de fazer? Quanto mais você fizer a si mesmo esse tipo de perguntam mais perceberá como é fácil estar fora de contato com o amor no “Agora”.
O que você fez hoje para amar a você mesmo? Mesmo as tarefas mais mundanas deveriam ser como uma brincadeira a fim de experimentar a vibração do amor. A maioria das pessoas tende a supor que elas são mais delicadas, sensíveis e amorosas interiormente do que os outros. Assim, os outros podem magoá-las. Mas elas nunca param a fim de considerar o contrário. Será que os outros não têm uma delicadeza, uma ternura, uma suavidade dentro deles e que os faz temer você? Para experimentar o amor no “Agora” um indivíduo precisa literalmente derrubar suas falsas barreiras, pois Vênus não é um planeta de paredes. Pelo contrário, é um modo de ser, uma maneira de ver que a vida é amor. A beleza do “Agora” é o nosso próprio prazer pessoal em ser. Quando formos capazes de sentir Vênus em nós e ao nosso redor, tanto o passado quanto o futuro desaparecem. Mas o quanto de Vênus que um indivíduo é capaz de ver em seu meio ambiente externo depende inteiramente de quanto amor está disposto a sentir dentro de si mesmo. Quando uma pessoa está se punindo por motivos passados, sejam eles quais forem, ela não pode sentir seu Vênus, pois está propositadamente afastando a si mesma de todo o bem que se acha dentro dela no momento.
Do mesmo modo que existe uma função digital entre a Lua e Mercúrio que tende a pré-programar a opinião de uma pessoa, existe também uma função semelhante na combinação de Mercúrio e Vênus. Uma pessoa começa a sentir o amor através de seu Vênus e então seu Mercúrio diz: “Mas”. Ela tenta novamente e outra vez seu Mercúrio diz: “Mas”. Esse processo contínuo impede o fluxo natural de Vênus. Embora possamos argumentar que isso afasta uma pessoa dos excessos, geralmente acontece o contrário. O indivíduo encontra mil razões por não poder experimentar a riqueza total do amor que a vida lhe oferece. Outra vez, o processo digital é baseado no passado, e quando ela percebe isso, a natural extravasão de Vênus, sem os “Mas” no meio, pode acontecer.
Embora a Astrologia veja muitas semelhanças entre a Lua e Vênus, existe uma grande diferença entre as duas. A Lua tem muito a ver com auto-recordação, mas Vênus tem a ver com o verdadeiro sentimento do Ser. Enquanto parece haver uma delicada linha entre os dois, este realmente não é o caso. Vênus é a verdadeira aceitação! Como regente de Libra e Touro, os raios de Vênus representam equilíbrio e centralização, bem como contato com a realidade terrestre, Existe beleza física e beleza celestial e também uma mistura das duas. Quando o homem está em contato com essa mistura, ele é capaz de sentir satisfação em níveis diferentes. Contudo, somente através da consciência desses níveis dentro do Ser é que um indivíduo é capaz de perceber, mesmo de maneira muito superficial, toda a beleza ao seu redor.
Curiosamente, quando uma pessoa experimenta muito amor, beleza e harmonia no “Agora”, ela tende a permanecer no presente. Inversamente, quando o amor e a beleza parecem estar ausentes da sua vida, ela tende a se deixar levar para o passado, buscando nas lembranças um modo de recuperar o que verdadeiramente gostaria de sentir “Agora”. Essa é uma reação humana natural, mas com um • pouco de esforço um indivíduo pode encontrar beleza suficiente no “Agora” que magnetize seu presente mais do que o seu passado. Devemos entender que para se atingir isso é necessário esforço. Vênus também é o planeta das posses. O amor pessoal pode com freqüência se tornar possessivo, e amores pessoais do passado trazem consigo um magnetismo possessivo que continua atraindo uma pessoa de volta para aquilo que não existe mais em sua realidade. Assim, o esforço necessário para permanecer no “Agora” implica preencher sua vida com suficiente Vênus para que não haja espaço ou motivo para o passado penetrar no presente.
Desde que o “Agora” também é resultado do aqui, torna-se importante para uma pessoa perceber como eles criaram ligações de amor a lugares que lhes deram felicidade no passado. Embora os lugares pareçam muito diferentes uns dos outros, eles são de muitas maneiras simbolicamente parecidos. Qualquer viajante lhe dirá que praticamente não existe uma cidade nos Estados Unidos que não tenha sua própria Main Street. Não existe rua que não tenha árvores, sendo estas muitos parecidas com as árvores em outros lugares. Existem muitas ruas pelas quais podemos passar que bem poderiam ser chamadas de “qualquer lugar dos Estados Unidos”. É pela observação da beleza cênica, que nós todos fazemos grande parte do tempo, que tendemos a comparar e lembrar a beleza de outros lugares nos quais estivemos no passado. O pensamento ou o sentimento podem durar uma fração de segundo. Na verdade, eles geralmente acontecem tão rápido que dificilmente se percebe, a menos que estejamos verdadeiramente conscientes. Mas o ponto importante é que quando a estética de uma cena do presente é parecida com uma do passado, existe uma forte tendência para que as qualidades suaves, delicadas de Vênus ofusquem momentaneamente a clareza de nossa visão. Pela comparação mais leve de uma cena presente com uma do passado, um indivíduo traz de volta à sua mente os incidentes coletivos, os acontecimentos e as pessoas associadas à natureza estética da cena que ele está experimentando novamente. Sempre que isso acontece ele perde o “Agora” e suas reações ao mundo de beleza no “Agora” é mais um produto de algum lugar no passado do que do presente. Isso é muito difícil de se notar devido à suave persuasão de Vênus. Uma espécie de preguiça (uma das qualidades negativas mais notáveis de Vênus) tende a se manifestar, permitindo que se acumule um sutil sentimento após o outro, talvez milhares deles num único minuto, a um ponto em que eles tendem a penetrar todo o ser. O indivíduo acredita estar sentindo uma tranqüilidade, mas, na verdade, ele está reexperimentando seu passado. Sua vibração diminui e, ao fazer isso, hora após hora e dia após dia, ele logo se torna um produto da satisfação letárgica. Ele perde seu desejo de atuar no “Agora” porque o encobriu com tantas coisas do passado que não pode vê-lo.
A experiência de Vênus no “Agora” pode ser extremamente bonita, amorosa e harmoniosa sem diminuir a qualidade de nossa vibração. Novamente, isso requer disposição para se fazer um esforço para ver a beleza em todas as coisas, todas as pessoas, e, acima de tudo, em você aqui mesmo, agora mesmo.
Vênus tem muito a ver com a natureza. Observe a beleza de uma planta. Suas folhas inferiores constantemente caem enquanto novas crescem no alto. As folhas inferiores eram novas no passado, mas não são bonitas para a planta “Agora”. Da mesma maneira, pensamentos nostálgicos de amores passados são como uma pessoa se demorando em suas folhas inferiores, que já desapareceram e foram substituídas muitas vezes.
Como o regente de Libra, Vênus pode às vezes possuir uma qualidade muito obstinada, sentindo ambos os lados das coisas, mas freqüentemente perdendo o centro. Como o regente de Touro, pode ter uma qualidade de teimosia que persistentemente se agarra a valores passados, não permitindo que o “Agora” aconteça. Em vez de sermos a vítima dessas duas características negativas de Vênus, podemos experimentar o “Agora” melhor ao vibrarmos com a qualidade mais elevada desse planeta, e isso significa nos tornarmos parte de sua plenitude e riqueza em todas as coisas, todas as pessoas, em tudo que está ao seu redor e tudo que está dentro de você “Agora” mesmo — aqui mesmo! Veja como é amplo o seu presente “Agora” e permita que uma sensação de contentamento e gratidão penetrem toda sua existência. Esse é o “Agora” de Vênus e é muito real.
Amei suas palavras, uma linda vibração de Vênus para todos nós.
Monica
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