magiaplantas

Tanto faz o que você vai dizer, a manhã passou, e continuo a explorar a necessidade de completar objetivos que promovem esta ansiedade.
Sim…Existe o passado, o presente e o futuro…Mas… Estou literalmente perdida no limiar da existência.
Almocei, muito rápido(coisas perdidas na geladeira)e corri para me perder entre milhares de almas que se amassam em transporte urbano.
Não tinha objetivos, me incomoda esta absurda possibilidade, perdi a natureza do cotidiano ao nascer.
Sempre estou na hora marcada em lugar desconhecido e vivencio nos intestinos o abuso intuitivo.
O aglomerado de pessoas , a expectativa, o descompasso social deu-me a pitada necessária de realidade para a ação. Atrevida,ultrapassei as faixas de segurança e cirurgicamente intervi:
-Afastem-se todos agora!

Sobretudo é a aparência externa que assusta, a dilaceração energética é pior do que física(A pessoa de branco olhava-me estupefata).Assumi o comando da situação ensangüentada com duas mãos firmes em chakra cardíaco dilacerado.
Neste exato instante,pude visualizar uma criatura que estando aflita ao lado do atropelado, agora tinha livre o caminho energético para a sua atuação. Iniciou com esmero seu trabalho, o elemental pessoal do incomodado ser acidentado, tomou conta da situação e imediatamente,tal qual um cirurgião em sua asséptica sala deu inicio a cura nos corpos sutis do quase desfalecido ser já todo enfaixado.
Afastei-me e sorri amarelo para o “de branco”

– Ele agora é todo seu. Bom trabalho!
Sumi tal qual fumaça em meio “as gentes” que fofocavam a estranheza da interferência humana em caso comum.
Tarde inteira livre para suspirar em volta do lago no Ibirapuera… Ebá!
Um pato geneticamente esquisito(parecia cachorro abanando a asa para mim à beira d’água)feio, descabelado, fraco e dependente; pedia guloseimas.
Menino com pipoca estaciona ao meu lado e verbaliza um tal de”pipi…pipi…pipi…”E não é que mais um monte de aberrações se aproximaram! Desisto…
Descompassada fui caminhar por entre arvores, fiquei apreensiva meu emocional vibrava de forma idêntica a Branca de Neve ao acordar na floresta escura. Olhos me espreitavam… Seria assalto, ou a natureza revoltada com tanto descaso?
Sem ter tempo real de pesquisa, deixe-me afastar para o asfalto e embriaguei-me com o zunido dos carros.
Quando em casa, joguei meu físico no sofá e como tora sem vida alarguei a visão do incomensurável,acordei com dores em todo corpo, ressequida e quebradiça, um torto galho na árvore da vida. Eram exatamente 7 horas do dia 07 do mês 07 do ano cuja soma dava 07, Lua Nova?
Presentes! Idéias! Floral de Fogo e ordem no caos à minha volta… Terei uma idéia sensacional, é agora ou nunca! Venha insight!
7h e 25 minutos…Esfacelei um pãozinho em cima da mesa perdida em ansiedade e nem um rasguinho de iluminação,pobre pãozinho, pego de surpresa a “carne” jazia sem o vinho.
A comunhão se fez na toalha imaculada, de certo teria de lava-la…seria oportuno pendura-la na janela tal qual um lençol branco que prova a virgindade da donzela?
A prova da comunhão!
Algo me dizia que nada, absolutamente nada iria ocorrer naquele importante, importantíssimo dia.

Juntei a comunhão com mãos ríspidas e torci, exprimi e soquei no fundo de uma caixa para que o mofo corroe – se minha crença em dias miticamente especiais.

Ao termino do cotidiano do dia 07/07/2005 descobri que a Lua Cheia era quem regia o preludio de minha loucura e ri muito ao lavar a toalha comunhão dos meus surtos.
Como massa de pão a crença em dias especiais foi crescendo mais e mais em meu coração.
Na insanidade do existir dancei com os planetas e celebrei como nunca a dadiva de estar manifestada na loucura da Lua Cheia.

momentos

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