Pégaso é um cavalo alado símbolo da imortalidade. Sua figura é originária da mitologia grega.
Pégaso nasceu do sangue de Medusa quando esta foi decapitada por Perseu.
Havendo feito brotar com uma patada a fonte Hipocrene, tornou-se o símbolo da inspiração poética:
Não Sei Quantas Almas Tenho – Fernando Pessoa
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não atem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.
Gostou do artigo? Achou-o curioso? Dê um curtir para ele!