Diz -se que Alberto Magno, um religioso e alquimista do século X, deixou uma série de conselhos para todo aquele que se inicia na arte da alquimia.
São eles:
O alquimista deve ser silencioso, discreto, e não revelar a ninguém o resultado de suas pesquisas e operações.
Deve habitar longe dos homens, em casa particular, onde destine dois ou três cômodos às sublimações, soluções e destilações;
Deve escolher bem o tempo e horas convenientes a seu trabalho.
Deve ser paciente, perseverante e assíduo até o fim;
Deve executar, segundo as regras da arte, a trituração, a sublimação, a fixação, a calcinação, a dissolução, a destilação e a solidificação.
Deve possuir recipientes de vidro ou cerâmica envernizada, pois os licores ácidos atacam os vasos de cobre, ferro e chumbo.
Deve ter proventos suficientes para comprar todo o necessário para as operações.
Deve evitar toda relação com príncipes e grandes.
Com essas regras, pode-se descobrir a importância do próprio operador para toda a alquimia. A grande transmutação, assim, não seria conseguir ouro a partir do chumbo, mas chegar ao divino a partir de um homem. Os modernos estudiosos da alquimia afirmam que a manipulação dos elementos, a solidão, a meditação, o humanismo e as radiações que emanam do laboratório alquímico servem tanto para transformar os elementos quanto o próprio operador convertendo-o naquilo que se chama de “homem desperto”. O Alquimista, então, é um mutante, um homem que alcançou um estado de consciência superior.
Isso não quer dizer que não haja uma busca física, prática de transmutação de metais comuns em nobres, ou do elixir da longevidade; os alquimistas realmente buscavam tais milagres.
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