Quando crianças aprendemos a amar a partir do amor que recebemos e exemplos de afeto.
Quando não recebemos alimento emocional de forma adequada duvidamos de nossas capacidades e perdemos nossa autoconfiança.Nos tornamos adultos ocupados em sermos aceitos e amados, buscando suprir estas faltas nos despersonalizando.
A criança aprende a amar a si mesma a partir do amor que ela recebe dos pais e adultos próximos. Para a criança desenvolver bem a sua autoconfiança, ela precisa receber amor na forma de afeto, atenção, aceitação, elogio e proteção de forma suficiente e adequada. Sofremos um grande impacto quando não recebemos esse alimento emocional de forma equilibrada na infância. Passamos a duvidar do nosso valor e merecimento. Em menor ou maior grau, nesse cenário, vivemos uma constante sensação de vazio, inadequação e imaturidade emocional. Ficamos apegados ao fato de que, para receber alguma atenção familiar ou de amigos, precisamos agradar aos outros para sermos aceitos. Deixamos de ser quem poderíamos ser, para nos tornarmos quem os outros julgam ser socialmente aceitável. Nasce aqui uma criança interior ferida.A criança interior são todas nossas memórias de experiências vividas, guardados desde a infância e, que de alguma forma, causam sofrimento. Falta de afeto, de proteção, de elogios, de apoio, de acolhimento… Essas programações começam a servir a um propósito de sobrevivência onde naquele momento foi entendido que era necessário para se proteger, então aceitamos como verdade aquele modelo de vida. Essas programações dão ritmo a sua existência, e você passa a adotar um estilo de vida que nem sempre é favorável para sua evolução e crescimento. A partir daqui, se encaixar para ser aceito torna-se um modelo de vida. Vamos para a vida adulta sem nos conhecer em essência. Somos regidos por algumas leis básicas para viver como a necessidade de receber amor, proteção, acolhimento e pertencimento do primeiro núcleo da nossa existência, que é o sistema familiar.Esse é alimento emocional para crescermos saudáveis emocionalmente. Quando isso não acontece, possivelmente por nossos pais também não terem recebido esse alimento emocional, os impossibilitando de entregar aos seus filhos algo que eles nem sequer conheceram, então nos tornamos adultos com programas que chamamos de crenças raízes. A criança interior ficará ferida até que em algum momento você desperte e olhe para essa sua parte que congelou em algum momento na infância. É comum reconhecer crianças feridas escondidas em “adultos difíceis.” Tamanha é a insegurança de algumas pessoas que não percebem a personalidade difícil e doentia que carregam, que a resposta para lidar com essa instabilidade é sendo autoritárias, arrogantes e reativas. Há um desassossego, um vazio, um sentimento de inadequação, uma necessidade constante de reconhecimento que, com o tempo, trazem limitações em todas as áreas da vida.
Carta à criança interior em profundo respeito, conexão, amorosidade, honrando a criança que existe em mim, horas ainda carente, outras já bem curada e sapeca, como são muitas das lembranças de minha infância, escrevo essa carta para minha criança interior. Após a leitura, recomendo que você se inspire e aventure-se nesse mergulho. “Minha criança interior, eu vejo você:
Hoje mais do que nunca, eu sinto você em toda a sua plenitude, em seu jeito de ser e viver ainda quando não sabia da força das feridas que estavam sendo abertas em você.
Sinto muito por todo medo e sentimento de inadequação que você teve um dia.
Sinto muito por toda tristeza dos momentos em que você foi levada a se sentir inadequada.
Sinto muito por todos os momentos de dores e solidão nos quais você não pode contar com alguém que pudesse evidenciar seu brilho, sua luz e singularidade.
Sinto muito por não ter visto o tamanho da sua força e da sua coragem.
Você, que desde muito pequena, conversava com os animais, era meio bruxinha e enxergava um mundo criativo cheio de possibilidades.
Sinto muito por todas as vezes em que foi tolhida e teve seu potencial criativo inibido.
Sinto muito por todas as vezes que se sentiu excluída e por isso não enxergava o seu lugar no mundo.
Sinto muito por essa minha versão adulta não enxergar que os conflitos do ambiente em que você cresceu não permitiram, muitas vezes, o equilíbrio necessário para que nossa história fosse construída com base no amor e na luz.
Solte essa dor. Você tem muita luz e não precisa se apegar ao drama e sofrimento para receber atenção.
Aquela necessidade de ser aceita e pertencer a algo, só faz sentido agora entre nós, você minha versão semente eu sua versão adulta.
Você está em segurança agora. Hoje eu vejo você. Me perdoe, até hoje eu não sabia que era minha a responsabilidade de acolher e proteger você.
Eu te amo por você ser parte de mim e ter me feito chegar até aqui.
Eu honro toda sua história.
Juntas iremos nos conectar numa só força.
Eu te amo e estou pronta hoje e para sempre, para dar o afeto que você sempre precisou e acolher você em meu coração.”
Feliz dia de ser criança para todos nós
Namastê
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