Você já se deu conta de que a palavra preocupação começa com “pré”?
Pré-ocupar-se. Ocupar-se antes da hora. Sofrer por antecipação. Gastar a mente com aquilo que ainda não é, impedindo-se de estar disponível para o que realmente já é.
Neste campo simbólico onde os girassóis se erguem em direção ao Sol, percebemos:
Nada neles é preocupado.
Eles apenas se voltam ao que aquece, ao que ilumina, ao que nutre.
Quando nos preocupamos, colocamos nossa energia no futuro incerto, no “e se…”, no medo, no controle, na falta.
Mas quando nos ocupamos com o que vale a pena, então estamos presentes.
Estamos disponíveis para criar, amar, cuidar, transformar. Estamos inteiros…
Mas a vida não acontece no amanhã. A vida pulsa aqui, neste instante.
Os girassóis nos ensinam com sua simplicidade. Eles não se preocupam com a chuva que virá ou com o vento que passará. Apenas seguem o Sol, voltam-se para o que aquece, para o que nutre, para o que dá vida. Estão inteiros no agora.
Da mesma forma, quando deixamos de lado a preocupação e escolhemos ocupar-nos com o que realmente importa — cuidar, criar, amar, transformar — algo muda em nós. Passamos a ser presença plena. Nossa energia não se dispersa no medo ou no controle, mas floresce naquilo que podemos, de fato, tocar e cultivar.
A ocupação consciente nos devolve ao essencial: estar inteiros no momento presente. E é neste estado que encontramos sentido, clareza e serenidade.
O elemental Ar sopra em nossas vidas como um mensageiro invisível.
Ele entra pelas frestas do cotidiano e leva embora o peso das ocupações que nos cansam.
Assim como o vento varre as folhas secas do chão, o Ar sutil afasta preocupações, clareia os pensamentos e abre espaço para a leveza.
No seu movimento constante, o Ar nos ensina que nada deve permanecer preso:
as tensões precisam se soltar, os apegos dissolver-se, os medos transformar-se em brisa fresca.
Quando o vento toca a pele, sentimos o abraço do invisível: é o elemental lembrando que a vida é fluxo, respiração, movimento.
Ele dança entre nós para que aprendamos a ser mais leves, a deixar que a mente se acalme e o coração se expanda.
Que o sopro do elemental Ar leve de ti as cargas pesadas, e traga de volta a alegria simples de ser como o vento: livre, sutil, sempre em renovação.
Ritual do Elemental Ar (Silfos e Silfides)
Escolha um local arejado, onde o vento possa circular naturalmente (pode ser uma janela aberta ou ao ar livre).
Itens sugeridos:
1 incenso de lavanda, alecrim ou sálvia (símbolo do ar perfumado).
Uma pena ou pluma (mensageira do vento).
Um sino de vento, chocalho ou taça de cristal (para vibrar o som aéreo).
Um papel e caneta.
Respiração inicial
Feche os olhos e inspire profundamente três vezes, sentindo o ar preencher seus pulmões.
Ao expirar, imagine que cada sopro libera as preocupações do dia.
Invocação dos Silfos e Sílfides
Acenda o incenso e erga a pena ao vento, dizendo:
“Silfos e Sílfides, guardiões do elemento Ar,
afastem de mim as ocupações que pesam,
tragam leveza, clareza e liberdade.”
Escreva no papel as ocupações que lhe afligem ou desgastam.
Depois, rasgue-o em pequenos pedaços e deixe-os ao vento (ou soprando sobre eles), simbolizando a liberação.
Toque o sino de vento, o chocalho ou faça soar a taça de cristal, espalhando vibrações no ar.
Imagine que cada som é uma onda que limpa sua mente e seu coração.
Segure a pena sobre o peito e diga:
“Assim como o vento sopra livre,
também meu espírito flui leve.
Gratidão aos Silfos e Silfides,
que me devolvem paz e liberdade.”
Sempre que sentir peso em seu cotidiano, abra uma janela, invoque mentalmente os Silfos e Silfides e faça uma respiração consciente, lembrando-se de que o vento nunca se prende — e você também pode se libertar.
Voltar para a Capa do Jornal Questão de Ser
Gostou do artigo? Achou-o curioso? Dê um curtir para ele!